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As 400 lojas que lavam dinheiro para o crime organizado no Amazonas


Por Raimundo de Holanda

25/08/2018 20h13 — em
Bastidores da Política



A declaração do prefeito Arthur Neto, de que 400 lojas lavam o dinheiro do tráfico no Amazonas, é gravíssima. Arthur deve ter documentos que comprovariam o conluio entre empresários e traficantes. Mas se expôs a grande lavanderia supostamente montada no Amazonas para favorecer o crime organizado,  deixou o Estado  em uma posição delicada.

Nunca é demais lembrar que o Amazonas e Manaus concentram um polo industrial, e que lojas são  um grande suporte  para essa atividade econômica. Não citar os nomes das 400 lojas que favoreceriam as organizações criminosas  é  colocar as demais sob suspeita.

Mas a denúncia, repetimos, é gravíssima. Não pode cair no esquecimento. As autoridades precisam e devem responder rapidamente, seja desmentindo-a, seja agindo para prender  e nominar os 400 lojistas envolvidos e fechar a grande  lavanderia denunciada pelo prefeito de Manaus, sob pena de muitos comerciantes  honestos deixarem a cidade para abrir seus negócios em outros estados. 

CAB0 ELEITORAL DESEMPREGADO

Cabo eleitoral está sento trocado pelo assessor jurídico. Sao tempos de judicialização  até do pensamento.

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Quem imaginava que as redes sociais ‘conduziriam’ as relações do candidato com o eleitor se enganou. A ‘guerra’ eleitoral caiu de vez no processo de judicialização. Uma fórmula que leva cada vez mais ao distanciamento dos candidatos dos interesses e compromissos com o povo.

Por causa da judicialização do pleito, nos últimos quatro anos o Amazonas enfrentou uma séria crise de governabilidade, e chegou a ter três governantes durante o ano de 2017.

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O cabo eleitoral tradicional que corria atrás de votos para o seu general está sendo trocado pelo ‘assessor jurídico’, que garimpa no microscópio possibilidades de embargar adversários.

O processo ganha robustez na autoridade ‘suprema’ que tem o juiz para decidir baseado apenas no que informa a acusação em sua peça jurídica.

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Num país onde ministro do STF confessa que a justiça tem cometido injustiças, o festival de decisões diferentes para casos semelhantes chega a pressupor o alheamento quase insano.

 ORDEM E SEGURANÇA

Em recente reunião multidisciplinar com os chefes de cartório da capital e do interior, o presidente do TRE-AM,  desembargador João Simões, pediu o máximo de todos para que a fiscalização no processo eleitoral deste ano seja eficiente e garanta ordem e segurança no dia das eleições gerais em outubro.   

PARDAL DISPONÍVEL

Qualquer denúncia envolvendo as eleições 2018 pode ser feita através da nova versão do aplicativo Pardal, já disponibilizado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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Pelo aplicativo, que pode ser usado gratuitamente  em smartphones e tablets, o cidadão pode denunciar infrações como compra de votos, uso da máquina pública, crimes eleitorais e doações e gastos irregulares.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.