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Doentes de vaidade e sem remédio no governo


Por Raimundo de Holanda

11/01/2019 19h30 — em
Bastidores da Política



O governo Wilson Lima descobriu que os meios republicanos de compra no serviço público estão em vigor. E recuou da decisão precipitada de comprar medicamentos com sobrepreço. Não a tempo de evitar um medida perigosa de adquirir frascos de soro superfaturado em 350%. Mas o reconhecimento de que há atas em vigência é um pequeno avanço para uma administração que começou  mal. 

Nesta sexta-feira,  o secretário Carlos Almeida reconheceu que há atas  de preço em vigor e que serão analisadas. Um pequeno passo no sentido de  recuperar a credibilidade perdida com o denuncismo que marcou essa semana de governo.

Almeida tem pela frente grandes desafios. O que não pode é chamar para si a atenção da mídia com propósito eleitoreiro. Se quiser disputar a prefeitura  de Manaus, como parece ser   sua intenção,  tem que buscar aumentar a qualidade dos serviços na atenção primária, ainda que isso exija parcerias com as prefeituras,   melhorar a infraestutura hospitalar, responder à demanda por cirurgias,  ampliar leitos.Há muito a fazer. 

O lero-lero, o exibicionismo puro e simples não levam a nada. Mostram apenas que se a saúde está doente, há doentes de vaidade sem remédio no poder. 

GOVERNADOR GOSTA DE FOLIA

Wilson Lima procurou ontem o prefeito Arthur Neto para falar do que ele mais gosta: folia. Tratou da possibilidade de ações conjuntas com a prefeitura em Manaus, mas a prioridade ficou mesmo para o Carnaval, que deverá ser tocado a quatro mãos este ano na capital.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.