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As igrejas evangélicas e o uso eleitoral da fé


Por Raimundo de Holanda

05/10/2016 23h40 — em
Bastidores da Política



Os evangélicos sempre foram uma força politica. Unidos, são fortes, mas a tendência é marchar em separado no segundo turno da eleição em Manaus. Do lado de Marcelo Ramos, os irmãos Câmara e suas 230 mil ovelhas, algumas desgarradas.  Do lado de Arthur Virgílio  poderão marchar  os bispos Silas Malafaia, Waldemiro Santiago e RR Soares. Por enquanto, os bispos não tomaram posição, mas o 'Senhor' os está aproximando de Arthur. Se isso não  compromete o apoio dos evangélico a um único candidato certamente marcará o início  de um novo cisma em uma igreja ( e suas denominações)  profundamente envolvida com a politica e o poder mundano.  (RH)

DISPUTA DE GRUPOS

A campanha eleitoral no segundo turno começa a ganhar contornos de uma disputa de grupos políticos pelo poder  e não de candidatos preocupados com os interesses do povo de Manaus. Ameaças de uma ‘guerra de denúncias’ sem limites entre caciques interessados em se fortalecer para 2018, é apenas um dos componentes da ‘baixaria’ que pode ficar à solta na mídia, nas redes sociais e no horário eleitoral, antes do Dia das Bruxas.

Preocupado com o clima que se instalou na campanha no primeiro turno, o líder do governo David Almeida, fez ontem um apelo aos dois candidatos que disputam a prefeitura de Manaus, pelo debate sobre programas e propostas no segundo turno e desejou boa sorte aos dois concorrentes. “O momento é de fazer uma campanha de ideias, sem agressões”, disse.

TOQUE DE RECOLHER

Como nos velhos tempos do coronelismo, houve de tudo nas eleições do último dia 2 no baixo Amazonas. Em São Sebastião do Uatumã, devido ao clima de guerra entre os candidatos, o juiz Roger Luiz Paes de Almeida implantou um toque de recolher a partir das 22 horas de sábado (1) como medida extrema para garantir ordem no processo de votação de domingo.

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Em Urucará, a Justiça Eleitoral não conseguiu evitar a pancadaria em que se transformou a passeata da vitória realizada na noite de segunda-feira (3) por partidários do prefeito eleito Enrico Falabella (PMDB).

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A passeata resultou em confronto com aficionados do prefeito derrotado Felipe Cabeça Branca (PSD), com saldo de quatro feridos. Houve socos e pontapés em plena via pública.

LOBO E FÁBIO EXPLICARÃO PROJETO

O secretário Afonso Lobo e o diretor presidente do Amazonprev, Fábio Garcia devem voltar à Assembleia Legislativa hoje para tirar dúvidas dos deputados sobre os projetos de lei do governo que tramitam na casa sobre mudanças no fundo previdenciário estadual. Um prorroga até setembro de 2017 o prazo de vigência da contribuição patronal de 22% do Estado aplicado ao Fundo, aprovado em setembro de 2015. Outro propõe a redução da Taxa de Administração vertida do Estado para a Amazonprev, de 0,6% para 0,4%.

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Na sexta ou segunda-feira será a vez do secretário Pedro Elias, que vai esclarecer, mais uma vez, a situação da saúde pública no Amazonas, especialmente e em relação às mudanças no sistema de atendimento à população.

PAGANDO PELO ATRASO

Por conta da campanha eleitoral nos municípios, onde detêm suas bases, os deputados encerraram a semana legislativa na quarta-feira passada e vão pagar amanhã a sessão da quinta-feira. Ontem já decidiram antecipar também a sessão da próxima quinta-feira, após o feriado do dia 12, para a segunda-feira da mesma semana.

IDOSOS NA MIRA DOS DEPUTADOS

Ontem enquanto a deputada Alessandra Campêlo comemorava a sanção pelo governador José Melo ao Projeto de Lei de sua autoria, que estabelece a política de proteção às pessoas idosas, o colega Adjuto Afonso defendia da tribuna mais políticas públicas para o idoso, principalmente nos municípios do interior.  Afinal, número de idosos cresce ano a ano e já são uma das grandes forças eleitorais no país.

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ASSUNTOS: arthur virgilio, eleições 2016, Evangélicos, Manaus, marcelo ramos, segundo turno

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.