MPC vê corrupção na Seduc-Am e quer a extinção do Deinfra
O Ministério Público de Contas está propondo o desmonte do Departamento de Administração e Infraestrutura da Seduc, responsável pelo acompanhamento de construção de escolas, de transporte de merenda escolar, segurança, limpeza e outros serviços. O Deinfra foi transformado, para usar as palavras de um procurador, em “um covil de negociatas”.
Investigações que o MPC vem realizando já revelam fortes indícios de duplicação de processos para pagamentos, atestos fraudulentos de medição de obras e suspeitas de pagamento de propina a funcionários públicos.
Uma reunião na semana passada entre procuradores e representantes do governo indicou um impasse quanto a ideia. O governo resiste.
O procurador Carlos Almeida sugeriu na reunião a extinção do Departamento da estrutura organizacional da Seduc, e que as obras e serviços em andamento sejam direcionados para a Secretaria de Estado da Infraestrutura. O MPC deu 15 dias para o governo mudar esse quadro considerado uma ferida aberta pela qual escorre o sangue do contribuinte que paga impostos que não se refletem em serviços compatíveis com a realidade do estado.
É o início de uma queda de braço entre o MPC e grupos de interesses, focados nos recursos de uma secretaria que tem dinheiro para tudo, mas falta para a educação.
A compra sem licitação da merenda escolar nos últimos dias (clique AQUI e leia) beneficiando empresas de apenas uma família e na qual o Estado gastou mais de R$ 30 milhões fez acender a luz vermelha no MPC. Vem chumbo grosso por aí.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.