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Suspense e mistério no caso Valeiko/Flávio Rodrigues


Por Raimundo de Holanda

16/10/2019 0h00 — em
Bastidores da Política



O suspense em torno do caso Alejandro Valeiko ganhou uma dose extra de mistério nas últimas horas. O surgimento de uma testemunha  com uma “foto do fim do mundo” mudaria o rumo das investigações. Nada que a polícia confirmasse, mas o Ministério Público admitiu que  há uma testemunha com todo o histórico do local do crime e o “retrato”de seus atores. Pode ser retrato em sentido figurado, não uma foto. Mas isso atiçou a imprensa e excitou o exército de perfis anônimos na internet.

Para aumentar o suspense, a polícia tirou o foco de si mesma - provavelmente para mostrar isenção - e os holofotes foram direcionados para o Ministério Público.

Caso a testemunha exista e a foto também, o episódio vira tema para filme a ser dirigido por  alguém com o talento de Alfred Hitchcock, porque afinal a plateia que está ai é feita de cúmplices -  de todos os lados, mesmo os que apenas acusam, como no filme “Um segredo entre nós” - ou a maestria do nosso  Nelson Rodrigues, pela paixão, obsessão pela tragédia e  pelo sexo. O final não é feliz…

Mas a gente torce para que ao virar o livro nesta quarta-feira o mundo não acabe e esse caso se encerre como todo caso policial bem sucedido: autor do crime preso, inocentes soltos.  E a vida da cidade continuando sem atropelos.

HORAS QUE ANTECEDERAM O CRIME

Sábado  28/10. Estavam juntos Mateus, Júnior Gordo, Flavio Rodrigues, Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, Alejandro Valeiko. Durante o sábado à noite permaneceram juntos no Bar Boemia . No  domingo foram para a Rave no sítio do Igor, no Tarumã.

Domingo 29/10 Mateus, que estranhamente não aparece na investigação, passou o sábado e o domingo com o grupo de amigos .

A questão que precisa ser respondida é : onde passaram todo o sábado? Na casa de Valeiko ou apenas dormiram lá?  Por que continuaram juntos no domingo durante todo o dia?

Nesse período foram visitados pelo militar Eliseu da Paz e por Mayc ? Eles seriam os fornecedores de drogas para o grupo?

Teria havido, durante as visitas diárias do militar e de Mayc à casa, divergência com o grupo ou, especificamente, com Flávio Rodrigues ?

Onde estão as imagens das câmeras que mostrariam  a sequência cronológica das pessoas que chegaram a ir até a residência de Alejandro?  A Entrada da Polícia, do Samu e dos familiares não estão registradas.

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ASSUNTOS: Alesandro Valeiko, assassinato, Flávio Rodrigues, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.