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Um rosto novo na política, não uma ideia, e os ingredientes do caos


Por Raimundo de Holanda

22/09/2018 15h30 — em
Bastidores da Política



As esperanças ruíram com o tempo e a crise que ‘belisca’ direto no bolso do trabalhador. A novidade, e não a renovação, é o prato preferido do momento. Assim foi com Trump e com Dória; continua com Bolsonaro e avança com calouros candidatos ao governo do Amazonas. 

Existe uma estrutura antiga, de mais de um século,  corrompida e um povo sem esperança. São dois ingredientes do caos. Que é um cenário propício a escolhas precipitadas. Vota-se em protesto, sem pensar.

Quem é quem? Não importa. Há uma letrinha nova que se destaca das demais. Quem está ou não está preparado? Também não importa. Acredita-se e tudo continuará na mesma.

Trocar de rosto, apenas, surge como opção válida. O povo tem uma percepção crua da realidade em que vive. Candidatos e marqueteiros acreditam que conhecem essa percepção.

Mas sempre são apanhados de surpresa, quando ela se manifesta. Porque não vem com um ‘rosto’ definido. Aparece numa ‘brecha’ do tempo e se alastra. E ficam todos de calça na mão.

CONFRONTO PERIGOSO

Em plena reta final das eleições de 2018, não é nada salutar o confronto entre a corte do TRE-AM e o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que resolveu cobrar mais rigor da Justiça Eleitoral na aplicação da Lei da Ficha Limpa. Segundo nota da corte, a análise de registros de candidaturas é pautada “pela interpretação dos princípios constitucionais, da legislação eleitoral, bem como da leitura do caso concreto”.

MESA SERÁ COBRADA

A sessão da próxima terça-feira da Assembleia Legislativa promete ser das mais agitadas. A deputada Alessandra Campêlo (MDB), conforme assessores, deve ir à tribuna confirmar ação judicial contra o deputado Platiny Soares (PSB) no CNJ e na Polícia Federal e cobrar providências da Mesa Diretora sobre o caso de suposta quebra de decoro por parte do parlamentar.

LEILÃO SÓ DEPOIS

Conforme o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, o leilão sobre a venda da Amazonas Distribuidora deverá acontecer somente no  dia 25 de outubro, depois do primeiro turno das eleições gerais.

“MULAMBADA”, NÃO !

Puxões de orelha do capitão Jair Bolsonaro (PSL) tiraram de cena o candidato a vice-presidente da República, general Hamilton Mourão (PRTB). Ao chamar de “mulambada” a população pobre das favelas do Rio de Janeiro, o general exagerou e levou Bolsonaro à loucura no Hospital Albert Einstein.

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ASSUNTOS: Amazonino, Eleições 2018, Wilson

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.