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Analise: Flamengo usa Madureira para testar time para Libertadores

Por Agência O Globo

21/02/2018 21h02 — em
Esportes



Respaldado pelo título da Taça Guanabara, o Flamengo teve uma vitória com autoridade sobre o Madureira, ontem, na primeira rodada da Taça Rio. Em um jogo que serviu para “azeitar” a equipe para a estreia na Libertadores — ainda que tenha um clássico contra o Fluminense no sábado —, a engrenagem do time se mostrou eficiente.

Óbvio que, como a projeção é o embate contra o River Plate, na próxima quarta-feira, a empolgação deve ser contida, mesmo com o triunfo por 4 a 0. Afinal, o Madureira foi a pior equipe da Taça Guanabara e, contra o Flamengo, não mostrou algo que possa gerar esperança de mudança desse status.

Com as devidas ressalvas em função da fragilidade do adversário, foi uma das melhores apresentações do Flamengo no ano, o ensaio perfeito, no qual tudo correu como o técnico Paulo César Carpegiani planejara.

O Flamengo versão Libertadores tratou de tomar as rédeas da partida logo cedo, sem cerimônia. Depois de 17 minutos de presença ostensiva no ataque, Diego abriu o placar com uma bela cobrança de falta.

— Peguei bem, realmente foi um gol muito bonito — comentou o camisa 10.

Se a ideia era ver como o volante Jonas se sairia, já que Cuéllar está suspenso na Libertadores, o desempenho do meio-campista foi bom. A começar pelo passe para o gol de Lucas Paquetá, o segundo do Fla na partida. Mas a atuação de Jonas, até de certa forma surpreendente, não se limitou a essa jogada específica. Mesmo sem ter vocação ofensiva, ele conseguiu fazer a bola girar bem e, no ofício principal dele, não deu espaços nas raríssimas investidas do Madureira.

Em relação a Paquetá, foi mais uma oportunidade para o garoto de 20 anos mostrar maturidade e reforçar o recado de que merece a vaga — hoje — cativa no time titular. Tudo bem que no gol ele contou com uma “soneca” defensiva do Madureira, que errou o posicionamento na linha de impedimento, mas o meia mais uma vez teve sucesso na busca por sair do lugar comum que, em 2017, o ataque do Flamengo estacionou.

— A cada partida estamos procurando melhorar. Conseguimos fazer muitos gols, espero que continue assim — comentou Lucas Paquetá.

No segundo tempo, o Flamengo repetiu a média de gols do primeiro. A bola parada desta vez foi posicionada na marca do pênalti. Ela foi parar lá depois que Rezende derrubou Éverton Ribeiro. Henrique Dourado não desperdiçou a oportunidade de confirmar o ótimo aproveitamento no 1 x 1 diante do goleiro e fez o terceiro rubro-negro.

Mas voltando aos testes, a ideia era dar ritmo de jogo a Diego Alves, que não atuava desde o final de novembro, quando fraturou a clavícula. Como a pontaria não foi o forte do Madureira (apenas um chute foi com mais veneno em direção ao gol), a atuação do goleiro foi mais ativa na hora de cobrar tiros de meta e dar orientações ao sistema defensivo.

— Goleiro, às vezes, não é só fazer defesa — disse.

Para coroar a atuação do Flamengo, faltava Carpegiani usar uma receita que tem funcionado: a entrada de Vinícius Júnior. Desta vez ele foi a campo no lugar de Éverton Ribeiro e não de Paquetá (que só viria a sair depois). Novamente os dribles e a velocidade do menino de ouro rubro-negro tiraram o adversário do eixo (até parece que o Madureira precisava). Foi de Vinícius Júnior, aproveitando o rebote, o gol que selou a vitória.

Enfim, deu tudo certo para o Flamengo. No sábado, a torcida pode esperar um time misto contra o Fluminense. O momento agora será de preservação dos titulares para o aguardado jogo de estreia na Libertadores. Se tudo funcionar como ontem, a torcida pode sorrir.


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