Manaus/AM - A Justiça do Amazonas ouviu, nesta segunda-feira (22), o último réu envolvido na morte da Policial Militar Deusiane da Silva Pinheiro, 26, encontrada morta dentro da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental, em Manaus. 

O sargento da Polícia Militar do Amazonas Júlio Henrique Gama foi ouvido pela Vara da Auditoria Militar do Estado do Amazonas. Com isso, a fase de instrução foi encerrada e o processo segue para a etapa das alegações, para posteriormente ser levado a julgamento. 

O caso - No dia 1º de abril de 2015, Deusiane foi encontrada morta com um disparo de arma de fogo na cabeça, na unidade militar onde atuava. O Ministério Público do Amazonas (MPAM), alega que a mulher teria sido morta pelo ex-namorado, o cabo Elson dos Santos Brito. 

Os outros réus são os cabos Jairo Oliveira Gomes, Cosme Moura Souza e Narciso Guimarães Neto, que foram denunciados por falso testemunho. Todos os acusados afirmam que Deusiane teria cometido suicídio.

No dia do crime, Deusiane e Elson estavam no piso superior da base “Peixe-Boi”, enquanto os outros policiais estavam no piso inferior. Os quatro PMs confirmaram em depoimento que ouviram barulhos no piso seguidos de disparo de arma de fogo. Ao correrem para verificar o que estava acontecendo, eles encontraram Elson e Deusiane, que estava ferida no chão, com a arma ao seu lado. 

Segundo o promotor de Justiça Edinaldo Aquino Medeiros, o laudo de exame de armas e munições revelou que a arma usada para matar Deusiane teve o ferrolho alterado. Os laudos e os depoimentos contrariam a versão de que a PM teria cometido suicídio.