Médica alerta para sintomas e perigos da hipertensão arterial
Manaus/AM - Nesta sexta-feira (26), é o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial. O problema, que afeta quase 24% da população brasileira, tem como principais fatores de risco o consumo de tabaco, o uso excessivo de álcool, a obesidade, o estresse, uma dieta rica em sal, altos níveis de colesterol e a falta de atividade física.
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), no Amazonas, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e problemas cardíacos figuram entre as principais causas de óbito, ambos estreitamente ligados à hipertensão arterial.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil enfrentou uma média de 388 óbitos diários relacionados à hipertensão arterial, com o risco aumentando significativamente com a idade.
A secretária estadual de Saúde, Nayara Maksoud, destaca uma tendência preocupante: o aumento constante no número de diagnósticos de pressão arterial elevada, com o Amazonas seguindo essa mesma trajetória.
Em 2006, cerca de 21,7% da população brasileira sofria com hipertensão arterial, número que subiu para 23,7% até 2023. A taxa de mortalidade associada a essa condição é estimada em 18,7 a cada 100 mil habitantes no país.
A Dra. Tatiana Lima Aguiar, médica especialista em Cardiologia e Clínica Médica, e gerente de Atenção à Saúde do Hospital Universitário Getúlio Vargas, alerta que a pressão arterial normal é aquela que atinge a marca de 120/80 mmHg. Valores acima desse limite podem indicar pré-hipertensão ou hipertensão arterial.
A hipertensão arterial coloca uma carga adicional no coração, aumentando o risco de condições graves como AVC, infarto, aneurisma arterial, e problemas renais e cardíacos. Surpreendentemente, apenas 10% dos casos de hipertensão são atribuídos a outras condições de saúde, enquanto a maioria é assintomática.
É crucial estar ciente dos sinais de alerta, como dor de cabeça, mal-estar e, em casos mais graves, dor no peito. As complicações incluem AVC, infarto, problemas renais, doença arterial periférica e retinopatia hipertensiva.
Mesmo na ausência de sintomas ou histórico familiar, é recomendado realizar regularmente a pressão arterial. Manter o tratamento prescrito é essencial, mesmo quando a pressão é controlada, pois pode levar a complicações graves. Sem um tratamento adequado, a hipertensão pode se agravar e representar uma ameaça à vida.
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